Falo isso pois quem leu o livro de Anton Lavey não é uma pessoa que compraria sua ideia de inicio, e nem ha comprei, como tudo nessa vida você não precisa concordar com uma ideia completa quando ela lhe é apresentada, você pode simplesmente concordar com certos pontos e discordar com outros. Em contraponto isso que digo é que até o final da terceira de quatro partes do livro eu quase que o concordava integralmente com as ideias do livro, já estava quase me considerando um satanistas sem saber.
Nessas três primeiras partes o livro se mostrou como um código de vida, sendo principalmente um manifesto contra as religiões e uma reverencia aos prazeres da vida humana e sobre nossas vontades mais primordiais e como as religiões criam a sensação de pecado em cima desses prazeres que são próprios da natureza humana e isso cria diversas questões morais e problemas psicológicos apenas com a intenção de manter o status e riquezas das religiões, não todas é claro, mas 90% com certeza.
Outra coisa que concordei com a bíblia de Anton foi a questão do amor aos que nós nos importamos e com aqueles que são inocentes e como não devemos desperdiçar nosso amor com aqueles que não merecem, antes que alguém me critique lendo isso é exatamente o que vemos nos cristãos de hoje em dia quando vociferam pela ira de Deus ao infiéis.
Mais um ponto de concordância na leitura foi o endeusamento da própria pessoa e na sua busca pela felicidade e para aquele que ama vida verdadeiramente sem dogmas, mas diferente da ideia de se sentir superior aos outros a ideia do livro é que ao endeusar-se o homem ao mesmo tempo também endeusaria o seu próximo desde que ele também tivesse consciência de sua existência, não há como não concordar com essa ideia.
Outra coisa que é fácil de se deixar iludir é quando o autor do livro profere palavras como se fosse o próprio Satã, nas palavras dele, Satã não quer que você o idolatre, ou se curve diante dele, Satã quer você ao lado dele, amanando a vida e poxa quem não se sente compelido o aceitar essa doutrina, pois o seu Deus supremo não é uma criança com problemas psicológicos.
Até agora para quem ta lendo esse meu post parece que o livro não fala nada do sobrenatural e realmente esse é o caso, quando o livro trata dos rituais ele ainda faz brincadeira com os rituais satânicos que são apresentados pelo folclore ou por seus opositores. O autor enfatiza que a chave do satanismo é o respeito ao inocente, e que nunca um animal, ou virgem, ou criança poderia ser sacrificado, que o único sacrifício aceitável seria de pessoas realmente más, ou nas palavras de Lavey aquele que quase implora para ser expurgado. Mas mesmo tal atrocidade não tem nada ha ver com banhar-se nas vísceras do assassinado. Antes que você comece a tirar conclusões sobre o assunto, lembre-se que não é nada muito de diferente com o que se prega hoje a corruptos e assassinos de nossa sociedade, o próprio estado parece que implanta tal ideia nos dias de hoje, se não fosse a favor não armava sua policia.
Depois o livro passa a tratar sobre os antigos demônios conhecidos na atualidade, trazendo as correlações e informações de como esses hoje demônios eram antigos deuses de religiões conhecidas como pagãos hoje, ou seja não há como criar novos heróis sem transformar os antigos em vilões.
Depois a ultima parte trata sobre os rituais que nada tem haver com mutilações ou sangue de inocentes, mas com uma certa forma de escarnio com os rituais ditos sagrados das religiões modernas do único caminho, mas mesmo assim ensina como dever ser feitos tais rituais. Essa parte é a parte em que discordo quase que totalmente, apesar de reconhecer a necessidade de rituais para satisfazer as necessidades humanas, sou contra a forma com que o autor do livro cria como deve ser feitos tais rituais e acredito nos poderes dos rituais e dos símbolos mas que o poder está na cabeça de quem faz significados em tais rituais. Claro que reconheço que rituais satânicos são de certa forma mais reconhecida entre outras pessoas o que tornaria o ritual "mais poderoso" pois teria uma facilidade de ser reconhecido e isso poderia trazer alterações nas percepções dos indivíduos envolvidos.
Depois de tudo isso como unica conclusão que poderia tirar dessa leitura seria lendo a bibliografia do autor do livro Anton Lavey, e como o próprio se auto-denomina o maior mentiroso que já existiu é bem isso que ele e esse livro são, não que as as ideias contidas nesse livro sejam mentiras como um todo, mas a obra em si é uma mentira, mentira como qualquer uma outra que tenta se mostrar como uma verdade ou caminho, pois não existe caminho, a mente é muito complexa, apesar de seguir padrões existem diferentes graus da própria consciência e uma formula que pode servir para varias pode não servir para um.
Apenas o auto-conhecimento podem trazer a luz ao caminho e aquele que busca atalhos ou é ingenuo ou é burro.
Fiquem em paz espero que gostem.
Obrigado e até o próximo!
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